Conhecer a Praia de Garapuá é um dos passeios em Morro de São Paulo que não podem ficar de fora da sua lista. Se você nunca ouviu falar nessa praia, não sabe o que está perdendo. Garapuá é considerada por muitos a praia mais linda de Morro de SP.
E olha que Garapuá nem é o lugar mais concorrido de Morro de São Paulo. O passeio mais vendido por lá é o Volta a Ilha, que até contempla as piscinas naturais, mas não permite conhecer a praia.
Quem prefere uma opção um pouco mais em conta e menos disputada, esse passeio pode ser uma boa opção. Ele combina transfer em veículo 4×4 e um trajeto de barco até as piscinas naturais.
O passeio encanta por suas piscinas naturais e a extensa faixa de coqueiros da praia. Mas se aproveita melhor na maré baixa, então é bom ficar de olho. Confira as dicas para aproveitar melhor.
Praia de Garapuá: Passeio em Morro de SP – Bahia
Com piscinas naturais e coqueiros, confira as dicas para aproveitar o melhor da Praia de Garapuá
Chegamos na Praia de Garapuá e um barco nos esperava para levar até as piscinas naturais, uma das principais atrações de Morro de São Paulo. O nome do barco era Misericórdia. Confesso que esse nome não me animou muito, e eu nem imaginava o que iria acontecer, mas embarcamos mesmo assim. A verdade é que corríamos contra o tempo.Confira o nosso vídeo de Morro de São Paulo no YouTube
Contratando o passeio até a Praia de Garapuá
Fechamos nosso passeio com a Rota Tropical Turismo, agência de transfers e passeios que fica na Primeira Praia de Morro de São Paulo. O atendimento é muito bom e as funcionárias, uma simpatia, explicam tudo em detalhes.Antes de contratar o passeio até Garapuá, verifique a tábua das marés e o horário de saída do passeio. Procure alternativas de saídas que estejam alinhadas com a maré mais baixa. Quem contrata o passeio de barco Volta à Ilha (que vai até Boipeba), também passa pelas piscinas naturais de Garapuá. A diferença é que o passeio de barco não leva até a praia, então a visita se restringe às piscinas.
Saída do Passeio 4×4: Receptivo
O ponto de embarque não é na agência, mas num terminal de receptivos que fica numa rua paralela à Segunda Praia. Quando chegamos, já notamos o movimento intenso de veículos 4×4, uma outra faceta da ilha. Até aquele momento, só tínhamos visto gente caminhando ou os carregadores de malas circulando apressados.Enfim, às 10h saímos e o trajeto até Garapuá passa por estradas asfaltadas, pequenos vilarejos (Zimbo é um deles) e caminhos de areia, em alguns trechos com lama e poças de água.Após 30 minutos de solavancos, chegamos na praia. O caminho em si não é muito bonito ou agradável, apenas funciona mesmo como transporte.
Chegada em Garapuá
Para quem quer fugir da badalação, Garapuá pode ser uma alternativa de acomodação ainda mais tranquila e preservada. O lugar está basicamente ocupado por pescadores e algumas (poucas) pousadas e restaurantes.A vila permaneceu praticamente intocada pelo turismo até 1995, quando começou a receber passeios bate-volta a partir de Morro de São Paulo.Mas ainda preserva um aspecto bucólico, de cidade de interior, como na Capela de São Francisco de Assis, que é decorada no fim de janeiro em homenagem ao padroeiro da vila, São Francisco de Assis. Na chegada, já fomos avisados que seria legal pedir o almoço, já que eles demoram no preparo. Encomendamos uma moqueca de arraia (R$ 67,00 para 2 pessoas). Nosso ponto de apoio foi no Kiosque do Capitão Pipoca.
Piscinas Naturais de Garapuá
As piscinas naturais ficam longe da faixa de areia, então é preciso pegar um barco para chegar nelas. É no restaurante que eles distribuem uma fichinha para embarcar no barco Misericórdia, aquele mesmo que mencionamos no início do texto. O transfer até as piscinas é uma espécie de cortesia, atrelada ao almoço. Para embarcar, não há pier. É preciso entrar um pouco no mar e você molha até a cintura, então é bom ir preparado. Enfim, apesar da água na cintura dá para levar bolsas e máquinas.No restaurante flutuante: maré subindo e mergulho nas piscinas
O trajeto da praia até as piscinas naturais é de 15 minutos. Chegando lá, a maré já estava quase cheia, mas imaginamos aquele cenário com a maré bem baixinha. Há um restaurante flutuante com poucas mesas e cadeiras, que o pessoal usa mais para apoiar as bolsas. Mas não deixa de ser delicioso sentar e tomar uma cerveja com esse visual. Isso se a gente não estivesse doido para entrar no mar. E a maré não parava de encher, então após algumas fotos (o lugar lembra muito Maragogi e é bonito pra caramba) mergulhamos nas piscinas naturais.O barco possui snorkels para empréstimo, mas melhor mesmo é levar o seu próprio equipamento, assim você garante que a higiene será adequada. No restaurante também é possível comprar ração para atrair os peixinhos.Os peixes ou andavam meio escassos, ou já estavam bem alimentados, pois demoravam a aparecer. Conseguimos um ou outro registro com vários peixes, mesmo tendo jogado ração no mar. Mas a água estava uma delícia, bem quentinha, e também vale a pena ficar brincando de saltar nas piscinas, a partir do restaurante flutuante. Como o maré já tinha enchido, não rolava perigo de encontrar algum trecho mais raso.
Misericórdia e Deus nos Ajude
Você pode ir e voltar na hora que quiser, e depois de ficarmos algum tempo no restaurante, pegamos o Misericórdia para voltar à praia. Mas eis que o barco pifa, a bateria arriou e ficamos lá, cerca de 20 pessoas, num barco balançando e a maré subindo. O tempo começou a passar e algumas pessoas passaram mal com o balanço. Depois de quase 1 hora, chegou nosso resgate. O barco Que Deus nos Ajude se aproximava e encostou no Misericórdia. Muita gente reclamando, e migraram de um barco para o outro. E voltamos para a praia, finalmente, com a ajuda do Que Deus nos Ajude.A Praia de Garapuá: 2 km de faixa de areia e coqueiros
Chegando na praia, é hora de pedir para eles servirem aquele prato que a gente já tinha encomendado, e conferir a praia de Garapuá em si. Infelizmente, o atendimento no Kiosque do Pipoca não estava dos melhores e tivemos dificuldade até em pedir uma bebida. Mas enfim, desenvolva paciência e olhe para o mar que relaxa.Não deixe de caminhar para o lado direito da praia e conferir de pertinho o belíssimo coqueiral. No lado esquerdo, um banco de areia coroa o cenário. Ou seja, vale caminhar para os dois lados.
Praia do Encanto
A previsão de volta era às 16h mas preferimos voltar um pouco mais cedo. Nossa próxima parada era na Praia do Encanto, ou Quinta Praia de Morro de São Paulo. Nosso motorista, o Rom, explicou que essa era uma praia de nudismo, mas depois que construíram o primeiro hotel por lá, os naturistas abandonaram esse reduto. A essa altura, a maré já estava baixíssima, e a praia estava linda, com uma imensa e rasa piscina natural. Tornava-se irresistível sentar e ficar com a água quentinha molhando o corpo. Mas é assim, logo logo chegou a hora de ir embora, afinal ainda tínhamos que procurar um lugar para ver o pôr do sol. No final das contas, entre Misericórdias e Ajudas, deu tudo certo e adoramos conhecer a Praia de Garapuá e a Praia do Encanto.Apesar de termos adorado, o passeio não chega a ser imperdível, e para quem conhece as piscinas naturais de Moreré, as de Garapuá serão parecidas. Se você tem pouco tempo, dê prioridade para o passeio Volta à Ilha. Para quem tiver mais tempo, Garapuá vale super a pena. Uma praia tranquila, com piscinas naturais e um vasto coqueiral, você não encontra todo dia, né?
FICHA TÉCNICA:
Passeio: Praia de Garapuá Direção: Morro de São Paulo Produção: R$ 75,00 ida e volta (não inclui refeição) Fotografia: Fabio Pastorello O melhor: Disputa difícil, mas tanto as piscinas naturais como o belíssimo coqueiral são imperdíveis O pior: O atendimento no restaurante Kiosk Capitão Pipoca, em Garapuá, não foi simpático nem eficiente Ano: 2017 País: Brasil Avaliação: ★★★★ Fontes: Rota Tropical TurismoLeia também: O que fazer em Morro de São Paulo: Como Ir e Melhores Praias e Passeios
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7 Comentários
Olá, fizemos esse passeio recentemente, e olha que encontrei o Misericórdia por lá…rsrs
Talvez o passeio de vcs tenha sido o último…kkk
Queria adicionar a foto aqui.. ele encontra-se abandonado na praia de garapuá.
Viciei nesse relato como em uma série! Não parava de ler e só queria ler mais e mais! Além de ter rido muito também kkk
Muito bom, Fábio, valeu pelas dicas preciosas!!
Que legal Isabelle. Muito obrigado pelo carinho. Abraços.
Ri muito com esse relato!
Valeu tb a dica em relação ao restaurante!
Hahahaha esses barcos foram inesquecíveis!
Há uma espécie de acordo entre os guias e os restaurantes da praia. Por isso os guias são tão enfáticos pra gentr ficar no pipoca. Eu resolvi desobedecer, saí pelo vilarejo e encontrei um excelente restaurant o da Nana. Comida farta, excelente atendimento, local muito limpo e o preço muito melhor do que os restaurantes da praia.
Ótima dica Carolina, sempre vale a pena explorar outros lugares. Abraços.