O que fazer em Santorini em 3 Dias – Roteiro Grécia

Como ir de Atenas a Santorini

• Apesar de existir a possibilidade de pegar um ferry de Atenas (Porto de Piraues) para Santorini (Thira), o trajeto dura no mínimo 5 horas, dependendo do tipo de ferry.
• O preço do ferry é EUR 36,00.
• Para ganhar tempo, e como a diferença de preço não era muito significativa, optamos por ir de avião.
• De Atenas, reservamos um voo para Santorini pela Aegean Airlines. A passagem aérea custou 77 euros com taxas.
• De avião, a viagem dura 45 minutos.
• A desvantagem é que o voo saía de madrugada, às 05h30. Como nesse horário o metrô ainda não funciona (na realidade teríamos que chegar pelo menos 1 hora antes no aeroporto), ainda arcamos com as despesas do táxi.

De táxi até o aeroporto

Em função do horário que pegamos nosso vôo em Atenas (madrugada), tivemos que ir de táxi para o aeroporto, e morremos com 60 euros.

Pelo menos o motorista do táxi foi bem simpático e ficamos conversando sobre algumas mudanças recentes na Grécia, em função da troca da moeda (Dracma x Euro) e como as coisas ficaram mais caras por lá. Dessa forma, o que antes era barato para turistas, agora ficou bem mais caro, gerando um impacto para os comerciantes e prestadores de serviços locais.

A chegada em Santorini, às 6h15 da manhã

O vôo de Atenas para Santorini pela Aegean Airlines estava bem vazio. Depois de 45 minutos estávamos em Santorini.

Dia 1 – Firá (Thira) – Nossa base em Santorini

Ao chegarmos no aeroporto, fizemos uma pesquisa rápida dos valores de táxi, e verificamos dois preços, um por 15 euros e outro por 10 euros. Há também opção de ônibus.

Acabamos indo de táxi (o mais barato, é lógico) e o táxi nos deixou na porta do hotel tão cedo (o sol ainda estava nascendo), que ainda tivemos que esperar um tempo para aparecer alguém e abrir a porta para nós.

Afinal, uma funcionária do hotel chegou e nos deixou entrar. Ficamos no Hotel Melina, bem perto do centro da cidade de Thira, o lugar mais central e movimentado da ilha de Santorini.

Nesse link você pode consultar preços e disponibilidade no Hotel Melina e em outros hotéis em Santorini, pelo site Booking.com. Caso você reserve o hotel por intermédio desse link, também estará colaborando com o trabalho do nosso blog.

Melina Hotel, boa localização próxima do centro de Thira

Onde Ficar em Santorini

Thira (Firá) é uma das opções de hospedagem em Santorini. Em Thira você está mais perto de tudo, principalmente de várias opções de restaurante e vida noturna. A outra opção é em Oia, que é mais tranquila e sofisticada. Tenho uma certa dificuldade em chamar esses lugares de cidades, pois eles me parecem tão pequenos e próximos, mas Thira e Oia são cidades da ilha de Santorini.

Hotel Melina

O recepcionista do Hotel Melina que nos recebeu era bem sério, mas prestativo, apresentou várias informações relevantes e nos deu um mapa. Ele também nos deixou entrar no quarto antes do horário do check-in, o que foi ótimo, assim pudemos descansar um pouco.

Quando procuramos hotel em Santorini, estávamos buscando algum hotel que fosse tipicamente grego. O Melina tem algumas características que lembram a Grécia, como as paredes brancas com detalhes azuis e as bouganvilles na entrada. Mas infelizmente não rolou varanda com vista para o mar.

A diária custou EUR 80,00 na época (setembro de 2010).

O quarto tinha dois andares, uma sala embaixo e o quarto de dormir em cima

Centro de Firá

Às 10h, saímos para conhecer a ilha. A pousada fica bem perto do centrinho e de um terminal de ônibus, onde é possível pegar o transporte para pontos mais distantes da ilha. Um dos meus receios era a locomoção sem carro pela ilha, mas afinal deu tudo certo.

Rua principal de Thira

As ruas do centrinho não são lá muito interessantes, mas quando chegamos na Caldeira, foi impressionante.Logo de início, já compramos as passagens de barco para Mykonos, e demos sorte, pois conseguimos alguns dos últimos lugares restantes. Compramos em uma agência na praça principal de Firá. Portanto, se puder compre a passagem com antecedência.

Santorini é uma ilha de origem vulcânica,  que entrou em erupção em 1450 a.c. e ganhou a forma de uma lua crescente. Então a maior parte das casas ficam penduradas no penhasco, de frente para a cratera do vulcão (ainda ativo) submersa no mar. Portanto, é como se todas essas casas tivessem uma vista privilegiada e panorâmica para o mar. É um cenário impressionante e único.

Caminhada por Firá, Firostefani e Imerovigli

Como você já viu na postagem de Atenas, nossa viagem era cheia de expectativas, e pouco a pouco fomos verificando quais dessas expectativas eram atendidas ou não. E a primeira coisa na lista de o que fazer em Santorini era encontrar o cenário das casas debruçadas sobre o mar.

Cenário de casinhas penduradas no penhasco, de frente para o mar

As imagens falam tudo. Quando chegamos nesse cenário, de casas e o mar da Grécia, ficamos maravilhados. O lugar é mesmo impressionante, superou nossas expectativas. 

O cenário impressionante das casas, penduradas no penhasco, de frente para a cratera do vulcão.

Depois que encontramos o mar, fomos por um delicioso caminho, sempre beirando o mar e com vista para a cratera do vulcão, começando em Firá e passando por Firostesfani e Imerovigli. Em Imerovigli, caminhamos por um estreito caminho de pedras, em que encontramos uma igreja tipicamente grega no final.

No caminho, mais algumas paisagens de tirar o fôlego

Mais uma visão impressionante das montanhas e casas de Santorini

Parada para fotos, uma japonesa nos fotografou, por isso o guarda-chuva púrpura

Resolvemos dar uma parada para um sorvete e sentamos um pouco na estrada que ainda se dirigia para Oia. Ficamos em dúvida sobre prosseguir ou voltar, mas o trânsito caótico nos assustou um pouco, com diversos tipos de veículos disputando espaço em uma rua estreita.

Almoço no Zafira

Afinal resolvemos voltar a pé pelo mesmo caminho da ida e paramos no restaurante Zafira para almoço.

Almoçamos Kleftiko (uma carne de carneiro envolta em papel manteiga) e peixe a la grega, sempre acompanhados por pão e uma sobremesa (Baklava). Gastamos ao todo 45 euros os dois. Nossa intenção era ficar lá até o entardecer, já que a vista era linda, mas ainda faltava muito tempo, então voltamos para o hotel.

Almoço no restaurante Zafira, já próximo do entardecer

Mais tarde, voltamos ao mesmo local e outros para tirar fotos do pôr do sol. Finalmente, nosso jantar foi composto de gyros, já que encontramos um quiosque barato na praça (2,30 euros cada gyros), com direito a um sorvete de sobremesa.

Anoitece em Firá, muito movimento, música e animação pelas ruas e restaurantes

Dia 2 – Passeio de Barco pela Cratera do Vulcão

Outro programa dentro da lista O que fazer em Santorini é o passeio de barco.

No próximo dia, chegamos para o café da manhã às 9h30 e tivemos que esperar um tempinho até liberar alguma mesa no café. Em função do atraso, saímos correndo por Santorini, pois tínhamos programado o passeio de barco para às 10h30.

Para chegar ao porto onde embarcaríamos (na parte de baixo da ilha), havia duas opções, um teleférico com grandes filas ou descer um caminho tortuoso, que também era o caminho dos burros que levavam turistas para a parte de cima da ilha.

Ainda correndo, descemos pelo caminho desviando dos burros e de todo o cocô que eles deixam no caminho.

Ficamos observando os turistas, montados em seus burritos, com uma cara de “o que é que eu estou fazendo aqui?”. O cheiro é quase insuportável. Ou seja, se imaginar andando de burro pelas ladeiras de Santorini pode ser legal, mas a realidade não me pareceu tão cinematográfica.

Afinal, conseguimos chegar no horário e embarcamos no barco Calypso, que após pesquisa descobrimos ser mais barato que os demais.

Deixando Firá para trás

Néa Kaméni

O barco não estava cheio e logo chegamos na ilha de Néa Kaméni, no meio da cratera, que na verdade tratava-se de um ponto formado pela última erupção do vulcão. O programa melhor entre o que fazer em Santorini está mesmo em visitar uma ilha formada pela erupção do vulcão.

Barcos estacionados na chegada para a ilha vulcânica da cratera

“Santorini era uma ilha vulcânica circular antes da erupção que a explodiu ao meio. Nuvens com rocha derretida se espalharam por 30 km. A erupção deixou uma enorme cratera, de 22 km2. A corrida de água preencheu o vazio. As ilhas de Néa Kaméni e Palaiá Kaméni, hoje visíveis, emergiram depois de uma atividade vulcânica mais recente, em 197 a.C. e 1707. Hoje ainda são vulcões ativos.” Guia Visual Folha de São Paulo, Ilhas Gregas e Atenas

Desembarcamos e fizemos uma caminhada pela ilha, com algumas explicações do guia, mas tudo muito corrido, mal dava tempo de tirar fotos e conhecer o lugar com calma. Eu tinha que sair correndo na frente do guia para ir fotografando, para ao mesmo tempo conseguir ouvir as explicações dele quando ele chegasse.

Caminhando pela ilha de Nea Kameni com Thira ao fundo

Hot Springs

Depois do passeio a pé pela ilha, voltamos para o barco onde fizemos nova parada em Hot Springs, uma região anunciada como de águas mais quentes para nadar. O pessoal do barco não permitiu o uso do colete salva-vidas, então acabei não entrando no mar, mas o Cleber entrou, porém não achou nada demais.

Hot Springs

Thirasia

Depois fizemos uma parada na ilha de Thirasia (parada de 2 horas). Ainda arriscamos entrar no mar, mas a água estava bem gelada.

Parada na ilha de Thirasia, água do mar linda, mas entrar não é muito legal, muitas pedras e água gelada

Thirasia

Oia

A vista de Oia, chegando de barco

Finalmente, por volta das 16h estávamos em Oía, onde resolvemos desembarcar e subir um caminho extremamente íngreme até chegarmos ao topo. A caminhada é bastante puxada, e acompanhada novamente pelos burros e pelo cheiro de estrume. Mas a paisagem é tão bonita que às vezes a gente esquece desses detalhes menores.

Para quem não aguenta a subida a pé, é possível subir de burrinhos, também chamados pelos locais de táxis, se você não se importar com o cheiro que eles deixam pelo caminho. É também uma das coisas mais típicas de Santorini, mas para nós foi uma expectativa frustrada.

Os burros levam os turistas até a cidade de Oia, no alto da montanha

No caminho, vistas impressionantes da região, das igrejas e dos moinhos típicos de Oía.

Oía se destaca pelas casas coloridas, ao contrário de Firá e Mykonos, que possuem somente construções brancas. Mas em Oía é possível encontrar várias construções com as cúpulas azuis, são as capelas locais. Mesmo assim, é preciso procurar um pouco, afinal não é em todo lugar que existem igrejas.

A arquitetura de Oia

Depois de chegarmos na parte superior da cidade, visitamos um castelo com vista panorâmica  e caminhamos pelas charmosas ruelas, cheias de lojas e de gente bonita.

Oía (se pronuncia Ía) é uma boa opção para quem quer um lugar mais sofisticado e mais tranquilo. O centrinho da cidade é uma delícia de se caminhar, e a cidade também conta com ótimos restaurantes e hospedagens (só que mais caros). O movimento é grande para ver o famoso pôr do sol, mas depois a cidade se acalma.

Pôr do sol em Oía

O pôr do sol em Oía é muito famoso e um dos melhores programas de o que fazer em Santorini. Quando chegou perto da hora do entardecer, centenas de pessoas buscavam o melhor lugar para assistí-lo.

Andamos por diversos pontos até que resolvemos voltar para o castelo, que já estava muito lotado, mas conseguimos uma brecha perto de um brasileiro que já conhecíamos de um programa de televisão.

No alto, uma fortaleza que é um dos principais mirantes de Oia

Anoitecer em Oia

Tiramos algumas fotos ali na fortaleza e depois caminhamos rapidamente para outro ponto que achamos que daria fotos interessantes, atrás de um moinho.

Dia 3 – Akrotiri e Red Beach 

No dia anterior, havíamos verificado os horários dos ônibus, e corremos para pegar o ônibus das 8h45 com destino a Akrotiri e Red Beach. O ônibus é bem confortável, com ar condicionado e tudo.

Ao contrário do que esperávamos, existem boas opções de transporte público em Santorini, com ônibus confortáveis e horários precisos. Obviamente, dependendo do horário e da época do ano, eles podem ser bastante cheios, então é bom evitar os horários mais concorridos.

As Praias de Santorini: Red Beach e White Beach

Descemos no ponto final, Akrotiri, viramos à direita e depois de uma caminhada, chegamos em Red Beach.

A praia estava praticamente vazia, e o morro vermelho que dá nome à praia fazia sombra na faixa de areia.

Dessa forma, caminhamos até a próxima praia, a White Beach, também deserta, mas ainda mais linda do que a Red Beach. Ficamos nos divertindo com um pier, onde mergulhamos e tiramos várias fotos.

Pedras vermelhas na Red Beach, fácil deduzir o porque do nome da praia

Nesse mar da White Beach a gente aproveitou demais

Thíra Antiga e a Praia de Kamari

Depois de almoçar em Firá, pegamos novo ônibus, dessa vez para Kamari, a principal praia da ilha, mais sofisticada e com bastante infraestrutura. Ao contrário das outras praias e também da imagem que temos de uma praia grega, Kamari é uma praia de orla extensa, com calçadão.

Kamari Beach já é bem mais urbanizada do que a imagem que temos de uma praia grega

Lá descobrimos que a Thira Antiga (ruínas de uma cidade antiga que pretendíamos visitar) fecha às segundas. Então só nos restou curtir a praia mesmo. Dessa forma, para quem pretende conhecer a cidade antiga no alto das montanhas, é melhor se programar, ao contrário do que fizemos.  🙁

Sentamos em uma cadeiras de praia e ficamos tomando sol (6 euros o aluguel das cadeiras) e mergulhando no mar. Na orla da praia, existem diversos restaurantes, jantamos um swordfish (peixe espada) muito gostoso. Pegamos o ônibus de volta para Firá às 18h55.

Praia da Kamari, cheia de guarda-sóis e restaurantes por sua extensa orla

Pôr do Sol em Firá

Em Firá, novas fotos do pôr do sol e passeio pela vila, observando as lojas e as diversas lembrancinhas gregas. Esse foi nosso último pôr do sol em Santorini, e também fomos brindados com um dos melhores da viagem.

Em busca do melhor ângulo para fotografar esse espetáculo da natureza, vale percorrer um pouco das vielas de Santorini. Nessa foto, por exemplo, quis introduzir algum elemento típico do local, para que a foto não ficasse tão genérica. Dessa forma, além de belo, o registro do pôr do sol também apresenta elementos típicos de Santorini.

Dia 4 – Trajeto de Santorini para Mykonos

Em nossas últimas horas em Santorini, tomamos café às 8h20 e arrumamos as malas.

Depois ficamos apenas uma hora na piscina para pegar o ônibus até o Athinas Port. No caminho fiquei encantado com a vista do ônibus, que percorre uma estrada sinuosa até chegar no porto.

Mar Egeu e a Viagem de Barco entre Santorini e Mykonos

Flyingcat, que fez nossa travessia de Santorini para Mykonos

Eu tinha uma imagem em minha mente, viajando de Santorini para Mykonos em uma balsa, debruçado sobre o mar azul e profundo da Grécia, então a embarcação atravessaria as paisagens e ilhas gregas, cruzando a paisagem.

Na realidade, as ilhas são distantes umas das outras (pelo menos Santorini de Mykonos), que no trajeto só se vê o mar mesmo. Depois de cinco minutos vendo o mar azul, já tá bom. Além disso, as lanchas rápidas são todas fechadas, então a única visão que você terá do mar azul da Grécia é de uma pequena janelinha.

O portão de embarque estava lotado e pegamos o Flyingcat 4, um barco grande, sofisticado e em ótimas condições, ao contrário do que imaginávamos.

Viajar de barco pelas ilhas gregas leva um pouco mais de tempo do que de avião, e a diferença de preço não é tanta. Existem duas opções, através dos veículos mais rápidos, mas é uma viagem prática, não se curte muita coisa. A viagem de ferry, mais demorada, dizem que é mais interessante. 

Como ir de barco de Santorini para Mykonos

• A viagem de barco de Santorini para Mykonos leva cerca de 3 horas.
• A passagem custa cerca de EUR 50,00. Consulte no site da Hellenic Seaways para horários e disponibilidade.
• Existe um período de antecedência que os horários e preços podem ser consultados. Não se assuste caso não apareçam barcos disponíveis e faça uma nova consulta depois.
• As viagens de barco entre as duas ilhas só existem no verão e meses próximos (de abril a outubro).
• Fique atento para comprar a passagem. Nosso barco partiu lotado e quando compramos o ticket, com 2 dias de antecedência, só havia poucos lugares disponíveis.

Fontes:
Greecelog.com: Ferries from Athens to Santorini
Hellenic Seaways: Routes e Timetables – Cyclades

© 2012 Fabio Pastorello. Todos os direitos reservados. A reprodução de textos e/ou imagens não é permitida sem prévia autorização do autor.

FICHA TÉCNICA:

Título: Santorini
Direção: Grécia/Europa
Produção: Fábio Pastorello
Roteiro: Firá, Firostefani, Imerovigli, Néa Kaméni, Thirasia, Oia, Red Beach, White Beach e Kamari Beach
Fotografia: Fábio Pastorello 
O melhor: a paisagem das casas debruçadas sobre a cratera do vulcão, uma paisagem que eu achei que era coisa de cinema
O pior: o passeio de barco, um pouco corrido em Néa Kaméni, não deu muito tempo de ouvir as explicações do guia e tirar fotos ao mesmo tempo
Duração: 3 ou 4 dias
Ano: 2010
País: Grécia
Avaliação: * * * * *

O que fazer em Mykonos (Grécia – Parte 3)